Dados alarmantes sobre as rodovias brasileiras vieram a público com a divulgação, ainda no ano passado, de uma pesquisa conduzida pela Confederação Nacional de Transportes (CNT).
Segundo as estatísticas divulgadas pela CNT, 58,2% das nossas rodovias apresentam algum tipo de deficiência, podendo ser classificadas como regulares, ruins ou péssimas. Em contrapartida, aquelas definidas como boas ou ótimas representam 41,8% do total avaliado.
Os números da pesquisa são alarmantes para os motoristas, em especial aqueles que têm o transporte de cargas como ganha-pão. Os riscos em rodovias representam grandes transtornos para quem ganha a vida na direção e forte prejuízo para as transportadoras.
Para a sua empresa se manter prevenida, listamos as principais complicações presentes nas rodovias brasileiras. Acompanhe!
Na pesquisa da CNT acerca dos riscos nas rodovias, 57,2% do nosso pavimento é adequado à rodagem de veículos. Número expressivo — 42,8% dos trechos analisados — foi tido como ruim ou péssimo, significando que quase metade de nosso pavimento é inóspito para os carros.
Índices assim tão altos significam dificuldade para o tráfego e desgaste maior dos veículos. A direção se torna desconfortável, e a transportadora pode ter prejuízos com a deterioração excessiva dos veículos.
Consideradas ruins ou péssimas, 65,4% das rodovias têm sinalização inadequada para a circulação de veículos. Com isso, aumentam os índices de acidentes, deixando os motoristas suscetíveis a batidas, prejuízos à carga transportada e até a acidentes mais graves.
Das placas postas nas rodovias, 13,3% estão inteiramente desgastadas ou ilegíveis.
A condição geométrica de 84,8% das nossas vias é insatisfatória. São pistas simples e duplas, terceira faixa, pontes, viadutos, curvas perigosas e acostamentos inadequados para a passagem de veículos, fazendo com que a direção se torne cansativa e arriscada.
Em escala nacional, 96,3% da extensão de nossas rodovias é de pistas simples de mão dupla.
Parte da pesquisa teve foco no estado da Bahia. Desse enfoque concluiu-se que o custo operacional para o transporte no estado é 23,8% mais alto do que nas demais localidades avaliadas.
O Conselho Nacional de Transportes estima que, para reconstrução, manutenção e restauração dos trechos de rodovias que estão danificados no estado da Bahia, seria necessário o investimento de R$ 4,91 bilhões.
Todos os riscos que a pesquisa da CNT apresentou ao público podem comprometer a qualidade da direção, causar avarias na carga transportada e gerar acidentes graves. Por isso, vale tomar alguns cuidados a fim de evitar esses riscos e se proteger das possíveis consequências.
É fundamental conhecer e rastrear as estradas antes de enviar a equipe de transportes para rodar nesses locais. Uma pesquisa prévia pode evitar que o motorista sofra algum acidente nos pontos críticos das rodovias. Uma pesquisa anterior permite que a transportadora trace estratégias junto com seus motoristas para contornar as adversidades nas estradas.
Além das complicações citadas na pesquisa, como a má sinalização e os pavimentos prejudicados, um rastreamento das rodovias permitirá evitar, inclusive, trechos que são propícios a roubos de carga.
Para completar a segurança, é essencial contar com uma boa seguradora. Afinal, estradas em mau estado de conservação degastam excessivamente os veículos e ainda aumentam as chances de que os produtos transportados sejam avariados no percurso.
Os riscos em rodovias brasileiras são muitos. Para evitá-los, é preciso planejamento estratégico e segurança aos veículos.
E a sua empresa, já sofreu com esses riscos? Quais atitudes a sua transportadora tem tomado para evitá-los? Conte-nos nos comentários!